quinta-feira, 24 de maio de 2007

Construtivismo, suprematismo, enfim... Arte


El Lissitzky fez parte da vanguarda russa e seu trabalho influenciou a Bauhaus, o construtivismo e o De Stijl.
O Construtivismo foi um movimento de vanguarda russa lançado em Moscovo, pouco depois da Revolução soviética, por artistas como Vladimir Tatlin, Alexander Rodchenco, El Lissitzky e Naum Gabo.
Para os construtivistas a pintura e a escultura eram pensadas como construções - e não como representações - guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos, era um movimento da arte abstrata e buscavam indagar as propriedades abstratas da superfície pictórica da construção, da linha e da cor.
As propostas deste grupo chegaram à Alemanha da época da Bauhaus no início dos anos 20 - influenciando o Urbanismo, a Arquitetura, o Design e as Artes visuais.
O Construtivismo começou como um movimento escultórico derivado da colagem, evoluindo para objetos tridimensionais, utilizando o ferro, a madeira, o vidro, arame de aço, etc.
Estes objetos acentuam a noção de estrutura e movimento no espaço, por meio de tensões e equilíbrios em detrimento de massas sólidas e estáticas.
Os Construtivistas eram apologistas da anti-Arte, criticando os métodos acadêmicos e evitavam utilizar os suportes e as técnicas tradicionais: a tela e os óleos e a pintura de cavalete.
O termo Construtivismo surge pela primeira vez em Janeiro de 1922, num catálogo para uma exposição no Café dos Poetas em Moscovo, onde se afirmava que “todos os artistas devem ser operários, a fábrica é o local onde se cria e constrói a verdadeira vida”. O progresso, a velocidade e a máquina eram fatores influenciantes.O conceito tradicional de uma arte exaltante deveria ser abandonado, e em vez disso, a arte deveria estar ligada à produção fabril, à indústria e a nova ordem social e política.
O “Artista novo” devia abandonar as Belas-Artes, meramente contemplativas, pequeno-burguesas e reacionárias e tornar-se um artista ativo e interveniente no contexto social e da produção industrial (no sentido de designer industrial).
Inovaram radicalmente a propaganda e publicidade com a geometria, a colagem, a tipografia, a fotografia e a fotomontagem, a cerâmica, o desenho de têxteis, a moda, o cinema, o teatro, etc., - e mais tarde o design, a arquitetura e o urbanismo.
Os objetos artísticos seriam construídos a partir de materiais preexistentes, (pré-fabricação) e utilizando de modo conjugado todas as técnicas disponíveis na criação de novas sínteses e aplicáveis a todos os domínios, quer da produção, quer da vida humana, para a realização de uma nova sociedade e de uma nova realidade construída.
Tinham como teoria a noção de vanguarda, o que era comum ao futurismo, preocupações sociais com a tentativa de exprimir na arquitetura a igualdade social que o próprio governo queria transmitir, e inovar nas novas formas da arquitetura com características antiestéticas e funcionalistas.
O seu ideal era colocar a sua arte em produção, visando a satisfação das necessidades humanas básicas, através da definição científica e técnica dos seus requisitos, quantificados de modo objetivo.
Jamais a intenção enfática e prática da arquitetura coincidira com a lógica interna do desenvolvimento artístico, o construtivismo é uma estruturação arquitetônica global do meio ambiente, ou seja, uma obra de arte total, porém as tendências ditas construtivistas alimentam uma utopia de absorção total da arte, se adequando as vanguardas supostamente niilistas ou terroristas. Se assemelha também a arte suprematista pela redução da pintura a um espaço de formas euclidianas, de cores saturadas e planas; quadrados, retângulos e linhas, bem como o círculo e a cruz, se dispunham para representar a “superioridade absoluta da emoção pura”.