Aprendendo o que com Salvador?
A forma de transmitir as sensações que estimulam ao consumo são "jogadas" em frente aos seus edifícios, formando um verdadeiro corredor de grandes tótens e painéis para atingir aos passantes em alta velocidade, como em Lauro de Freitas, causando nos transeuntes um incômodo pela confusão na disposição das placas de publicidade.
Outra forma de aguçar o desejo é criar a própria arquitetura como símbolo, como o grupo Insinuante, que começaram com uma simples marca e hoje, todas as suas grandes lojas possuem na sua entrada a logomarca como convite e a este tipo de arquitetura foi denominado por Robert Venturi como Galpão decorado, que consiste em uma edificação “como abrigo genérico cujas superfícies planas são decoradas”.
A arquitetura Pato, como diz Venturi, está inserida em Salvador de forma recatada, sendo difícil o seu encontro pela cidade. Caracterizada pela sua própria arquitetura sugerir o uso ao qual se destina a edificação. Pode-se ver ao lado do restaurante Prazeres da Pizza, um espaço para festas infantis com essas características, como também na Av. Vasco da Gama, onde possuí lojas de pneus como uma grande arco em forma de pneu, outra oficina de carro, como um carro suspenso na sua fachada. Em Pirajá, uma loja de peças exclusivas de caminhão também possui na sua fachada uma carcaça do automóvel.
Enfim, culturalmente falando ainda é muito complicado produzir arquiteturas de primeiro plano, pois, a especulação imobiliária, a tecnologia, o turismo e o desejo de grandes investidores são fatores avassaladores para recriar uma urbanidade imagética e lúdica evidenciando o lucro.